Pages

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Alopecia Pet

Queda de pelos em cachorro ou gato: Saiba como amenizar o problema da alopecia nos pets

A alopecia quando há uma queda de pelo anormal sem causa aparente
Outros sintomas ocorrem em conjunto, e podem indicar um quadro de alopecia:
  • Prurido (coceira);
  • Pele vermelha e edemaciada;
  • Descamação de pele.
  • Veja, a seguir, uma lista com as principais causas da alopecia.
  • 1. Hereditariedade

    É uma característica que é passada da matriz para a prole. 

    É importante que, ao adotar ou comprar um cachorro ou gato, uma investigação em relação à saúde dos pais e uma avaliação com um médico veterinário sejam realizadas. Ainda que, muitas vezes, o problema não seja possível de diagnóstico antecipado.
  • 2. Estresse
  • Os gatos  a desenvolver esse distúrbio, pois são mais sensíveis. Para se evitar que uma crise possa ocorrer, o proprietário deve evitar alterar a rotina dos animais, a alimentação (sem adaptação), a ausência prolongada de um membro da família, bem como evitar que os animais tenham acesso à rua, onde podem se ferir e brigar com outros animais.

    3. Pulgas e parasitas


  • A presença de pulgas, carrapatos e mosquitos levam o animal a apresentar coceira (prurido), que induz à queda de pelos. Ficar atento ao controle de parasitas em sua casa e no animal é a melhor maneira de evitar a alopecia causada por parasitas. 
    Caso a coceira (prurido) esteja muito intensa procure o seu médico veterinário de confiança para iniciar o mais rápido o tratamento correto e eficaz. 
    A sarna sarcóptica, por sua vez, é uma dermatose parasitária, causada por um ácaro que acomete diversos animais domésticos como cães, gatos, roedores, coelhos, equinos, ovinos, caprinos e bovinos. É uma zoonosee é altamente contagiosa entre animais.

    4. Infecções de pele

  • A contaminação por fungos ou bactérias geralmente se manifesta de forma muito sutil, precisamos ficar atentos.

    Normalmente, elas vêm seguidas de outros sinais clínicos, mas devemos ficar atentos à alopecia em formatos circulares e feridas sem motivo. Quando esse tipo de lesão ocorrer, procure um médico veterinário imediatamente e não tente medicar o animal. É a melhor forma de cuidar dele.

    5. Problemas hormonais

    Problemas hormonais induzem à queda de pelos em cães e gatos.

    A falta de hormônios sexuais após a castração, a ocorrência de hiperadrenocorticismo e hipotireoidismo podem levar à queda de pelo. Esses são problemas que podem não ser previstos antes da castração. Como com relação a qualquer cirurgia, deve-se avaliar os prós e os contras antes de se realizar esse procedimento. 
  • . Envenenamento

    O envenenamento por algumas substâncias como o tálio, que é um metal pesado, pode provocar alopecia. Esse caso ressalta a necessidade de procurar um médico veterinário ao perceber qualquer sinal de intoxicação.

    7. Queimaduras

    Acidentes que envolvam queimaduras, eletricidade ou outras exposições ao calor excessivo podem causar queda de pelo e consequentemente feridas, expondo, assim, a pele.

    8. Efeitos colaterais de medicamentos

    Às vezes, o seu gato ou cachorro está fazendo um tratamento para outra doença e a medicação utilizada (indicada pelo veterinário) pode apresentar efeitos colaterais, como alopecia. 

  • A aplicação de hormônios anticoncepcionais, além de aumentar a incidência de problemas como o câncer de mama, de útero e infecções uterinas, pode provocar queda de pelos no local da aplicação. É necessário que, sempre que se for administrar um medicamento ao seu animal, leia a bula e se informe sobre os efeitos colaterais, pois cada organismo reage de maneira diferente a determinados medicamentos. 
    Em caso de efeitos colaterais indesejados, descontinue o uso e procure o médico veterinário imediatamente.
  • Tratamento da alopecia em cães e gatos

    O primeiro passo é o exame clínico feito pelo médico veterinário, quando o profissional analisará os locais de calvície, examinando minuciosamente com o auxílio de uma lupa. Para chegar a um diagnóstico correto, outros exames complementares podem ser solicitados, como análise sob a luz ultravioleta, raspado ou biópsia de pele e exames de sangue e urina.
    O tratamento será feito de acordo com a causa da perda de pelos, então é essencial que a doença seja diagnosticada. 
  • O tempo em que o pelo volta a crescer varia de acordo com a causa da alopecia e também da reação do animal ao tratamento. Em lesões superficiais, a pele promoverá a regeneração das células lesadas, com crescimento normal do pelo, enquanto que, em lesões mais profundas, ocorrerá cicatrização e o pelo dificilmente voltará a crescer, formando uma cicatriz no local da lesão inicial. 
    É importantíssimo que o proprietário identifique a queda de pelo o quanto antes, principalmente quando for escovar ou lavar o animal. Caso encontre quantidades anormais de pelos pela casa, ou caso veja o seu pet coçando e lambendo determinada área do corpo, devem ser tomadas providências.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

O cão com prurido

Um dos problemas que os cães geralmente sofrem é o da coceira e há muitas causas para a coceira em cães. O primeiro pensamento ao ver um cão se coçando é comumente o de pulga, mas não é bem assim, por vezes o cão está sofrendo de algo mais sério.
A coceira em cães também pode ser um sintoma de um comportamento obsessivo, é algo comum, na verdade. O cão quando está ansioso ou estressado, tende a se coçar em excesso. Uma boa solução para esta situação é a aplicação de florais para cães, que ajudam no controle das emoções do cachorro e o acalma.
coceira em cachorros também pode ser provocada por doenças, alergias ou mesmo pulgas. Para tratar e medicar corretamente, é necessário diagnosticar a causa com precisão.
Sarna
Nem todas as sarnas são causadoras de coceira. A sarna, também conhecida como escabiose, é uma doença de pele contagiosa, que é causada por um ácaro. A sarna localizada é bem comum em filhotes de até um ano de idade, o principal sinal dessa sarna é a perda de pelos ao redor da boca, dos olhos, algumas vezes nas patas.
A sarna localizada provoca coceira em cães e costuma passar espontaneamente em seis semanas, mas como tem uma grande chance de voltar, é indicado o tratamento, isso também irá ajudar a prevenir a sarna localizada de se tornar uma sarna generalizada. Em cães com idade já acima do um ano de idade, é improvável que a sarna se cure espontaneamente.
O tratamento da sarna localizada é feito com pomadas que contenham gel peróxido de benzoíla, aplicada uma vez ao dia. No começo do tratamento a área afetada irá parecer pior, mas não se preocupe.
A sarna generalizada deve ser tratada com orientação do veterinário. Consiste em banhos com xampus especializados para o tratamento e aplicação de pomadas apropriadas.
Se a sarna não for tratada, a coceira no cão irá continuar e a pele ficará mais prejudicada, pois quanto mais o cão coçar, mais irá machucar a região.
Não existe vacina contra a sarna, como alguns acreditam. O que existe é uma medicação injetável, mas que tem efeito curativo e não preventivo. Esse medicamento só poderá ser aplicado pelo veterinário.
·         Alergias
Outra causa comum que provoca a coceira em cães é aparecimento de alergias na pele. Isso pode ser causado por várias razões, como contato com produto químico, mudança na ração, etc.
A alergia é, na verdade, um estado de sensibilidade maior. Se neste estado o cão for exposto às substâncias alergênicas, terá uma reação alérgica. Se não fosse o estado de hipersensibilidade, a substância seria inofensiva.
O sintoma mais frequente percebe-se na coceira em cachorros, também pode ocorrer lambidas excessivas para aliviar a coceira, o pelo perde o brilho e fica mais escasso. A alergia em cães pode ser causada por diversos agentes, portanto é necessário levar o pet ao veterinário para que com o exame se diagnostique a razão da alergia, pois a coceira é um sintoma que confunde, por ser comum a outras doenças.
O tipo mais comum de alergia é aquela causada pela saliva da pulga. Ocorrem, em geral, nos cães de três a quatro anos. Outro tipo de alergia comum é provocada pela alimentação, geralmente pela ingestão de carne de vaca ou de porco, além de alimentos derivados do milho, trigo, leite e soja. A mudança da ração pode causar alergia no cão, fique atento.
Algumas raças como o LabradorPug e Shar-Pei são predispostos a desenvolverem alergias a pólen, plantas, pó, fungos, etc.
 Piodermite
A piodermite também provoca coceira em cães e é causada por uma infecção bacteriana que deve ser tratada com antibiótico para cães. A infecção apresenta lesões na pele do animal, com ou sem pus, e pode chegar a causar uma úlcera, que seria a perda profunda do tecido.
Para diagnosticar a piodermite, será necessário um exame clínico e, às vezes, até um laboratorial, além da análise da aparência das lesões. O tratamento é feito com antibiótico, xampus anti-sépticos ou anti-seborréicos e, principalmente, no estudo da causa da piodermite, para que esta não volte. Pode ser provocada por parasitas, por falta de nutrientes, por desequilíbrio hormonal, etc.
O importante a ser feito quando você observar a coceira em cães é levá-lo ao veterinário para o diagnóstico apurado, pois a coceira em si é um sintoma comum a muitas causas, conforme visto aqui, e tratamento caseiro pode acabar retardando o tratamento adequado que poderia ser feito logo no início.
·         Pulgas
 A causa mais comum da coceira em cães talvez seja a presença de pulgas. A reação da coceira vem da saliva da pulga, que fica no corpo do cão quando ela pica para sugar o sangue. Alguns cães desenvolvem uma sensibilidade maior e a coceira é mais grave.
A pulga não é somente uma causa simples de coceira, ela também pode transmitir doenças para o cão, ao entrar em contato com o sangue dele. Uma delas é a dermatite alérgica, que causa coceira, o que faz o cão se machucar ao coçar e desenvolve protuberâncias avermelhadas, causando queda do pelo, feridas e, em casos mais graves, uma infecção. A dermatite causada pela pulga não tem cura, pode ser apenas controlada e remediada.
A pulga também pode transmitir vermes para o cão, como o dipylidium caninum, que causa diarreia com sangue no nosso amiguinho de quatro patas, neste caso a verminose é transmitida pela ingestão da pulga pelo cão.
Se o verme estiver presente em grande quantidade, o cão pode sofrer de convulsões. Por isso é extremamente importante que quando você notar seu cachorro se coçando muito e constatar que a causa é uma infestação de pulga, o cão seja levado para ser vermifugado.
Além disso, por causa do contato da saliva da pulga com o sangue do cão, pode acontecer da pulga transmitir vírus de um cãozinho para outro, fazendo com que o cão saudável desenvolva uma provável virose. A anemia também é um risco que o cão sofre ao ser infestado com pulga.
 Carrapatos
 O carrapato é outra causa de coceira em cães. O carrapato é identificável a olho nu, você pode ver pequenas bolinhas pretas grudadas no corpo do cão, entre a pelagem. O carrapato pica o cão, assim como a pulga, e causa a coceira.
O carrapato é um parasita e se alimenta do sangue do hospedeiro. O carrapato não procria no cão, ele desce do corpo, põe seus ovos e quando os ovos nascem, os carrapatos procuram um hospedeiro para si. Por isso não adianta apenas tirar os carrapatos que estão no cachorro, é também necessário fazer uma limpeza geral no local onde o cachorro fica, pois é lá que o carrapato vai espalhar seus ovos, e isso fará um ciclo sem fim de infestação.

carrapato pode transmitir doenças, assim como a pulga. Existe carrapaticidas à venda, para eliminar o foco desse parasita. Pode ser facilmente remediado e evitado ao manter o local livre de ovos de carrapato. Em caso de dúvidas, consulte um veterinário.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Cetoacidose Diabética



Animais Afetados: Cães e gatos.

Visão Geral
A cetoacidose diabética é uma das doenças metabólicas mais sérias, observadas tanto na medicina humana, quanto na Veterinária. A cetoacidose diabética, uma grave complicação da diabetes mellitus, caracteriza-se por uma elevada concentração de açúcar no sangue, a presença de substâncias conhecidas como corpos cetônicos na urina e concentrações reduzidas de bicarbonato no sangue. Alguns cães com cetoacidose diabética são afetados de forma leve pela doença, mas a maioria fica gravemente enferma e pode ter complicações sérias como problemas neurológicos em decorrência de inchaço craniano, insuficiência renal aguda, pancreatite e anemia. A cetoacidose diabética leva à morte em muitos casos, mas o diagnóstico correto e tratamento intensivo podem salvar vidas.

A cetoacidose diabética, às vezes, se desenvolve em cães com diabetes que não foi diagnosticada e tratada a tempo. Assim, é essencial a identificação da diabetes mellitus, ou de sintomas adicionais num animal reconhecidamente diabético, para evitar a ocorrência da cetoacidose diabética.

Sinais Clínicos
Os sinais clínicos incluem poliúria, polidipsia, polifagia, perda de peso, letargia, anorexia e vômitos. Podem ocorrer complicações como anemia, anormalidades eletrolíticas, doenças neurológicas e insuficiência renal aguda.

Sintomas
Os sintomas incluem aumento de sede e de apetite e micções mais freqüentes, perda de peso, cansaço, vômitos, perda de apetite, além de sintomas associados a um grande número de enfermidades que podem acompanhar ou provocar a cetoacidose diabética.

Descrição
A cetoacidose diabética é provavelmente a complicação mais grave que pode se desenvolver em associação com a diabetes mellitus. Os corpos cetônicos são usados para a produção de energia na maior parte dos tecidos corporais e se formam, normalmente, quando ácidos graxos são liberados do tecido gorduroso e transportados para o fígado. Este então produz corpos cetônicos, a partir daqueles ácidos graxos. A produção excessiva de corpos cetônicos pode ocorrer na diabetes mellitus sem controle, e, enquanto as cetonas se acumulam, podem acontecer cetose e, eventualmente acidose. Os quatro maiores fatores que contribuem para a formação de corpos cetônicos na cetoacidose diabética são: deficiência de insulina, jejum, desidratação e aumento dos níveis de hormônios de "stress", tais como epinefrina, cortisol, glucagon e hormônio do crescimento.

A cetoacidose diabética ocorre com mais freqüência entre animais com diabetes mellitus não diagnosticada, mas também pode ser vista em cães com diabetes já estabelecida, mas que não estão recebendo insulina suficiente. Nestes casos, pode haver uma doença inflamatória ou infecciosa associada. Outros cães podem apresentar doenças relacionadas com a rejeição à insulina, como hipotireoidismo ou síndrome de Cushing. Os cães tanto podem ser apenas levemente afetados pela cetoacidose diabética, quanto podem estar perto da morte, ao tempo do diagnóstico.

A cetoacidose diabética se desenvolve de forma imprevisível e alguns cães diabéticos podem levar vidas normais por vários meses sem qualquer tratamento. Entretanto, uma vez instalada a cetoacidose diabética, a maioria dos cães fica gravemente doente em menos de uma semana.

A intensidade do tratamento depende de quão enfermo está o animal. Enquanto cães com cetoacidose diabética leve podem ser tratados com sucesso, por administração de soro intravenoso e insulina, os cães com manifestações graves da doença irão precisar de intervenção mais significativa. Terapia líquida e suplementação de potássio, bicarbonato e fósforo podem ser de vital importância. Qualquer enfermidade associada deve ser identificada e tratada especificamente, quando possível, para melhorar as possibilidades de cura da cetoacidose diabética. Complicações durante o tratamento de cetoacidose diabética são comuns e podem incluir hipoglicemia, sinais neurológicos em virtude de inchaço das células cerebrais e anormalidades eletrolíticas graves. Se a concentração sorológica de fósforo ficar muito baixa, pode ocorrer anemia, em decorrência de colapso dos glóbulos vermelhos. Também pode acontecer insuficiência renal aguda.

A cetoacidose diabética é uma das mais graves doenças metabólicas observadas, tanto em medicina humana, quanto em veterinária. Muitos pacientes morrem devido a ela. Entretanto, a maioria pode superar as crises com êxito, através de rápido diagnóstico e tratamento intensivo.

Diagnóstico
O diagnóstico de cetoacidose diabética baseia-se nos sinais clínicos e na presença de altas concentrações sorológicas de glicose e corpos cetônicos na urina, além de concentrações sorológicas reduzidas de bicarbonato na corrente sanguínea. A cetoacidose diabética é leve quando cães com altas concentrações sorológicas de glicose e corpos cetônicos na urina parecem saudáveis, ou apenas têm sinais clínicos leves, ou ainda, têm decréscimo pequeno na concentração sorológica de bicarbonato. Estes cães não precisam de tratamento intensivo e devem ser postos em categoria diferente dos animais que têm cetoacidose diabética grave.

Cães com a forma grave da enfermidade têm altas concentrações sorológicas de glicose e corpos cetônicos na urina, reduções extremas da concentração sorológica de bicarbonato e muitas vezes apresentam sinais graves de doença.

Além dos resultados dos exames de concentração sorológica de glicose e da análise da urina, outros procedimentos-chave para o diagnóstico incluem gasometria do sangue, análise dos eletrólitos e níveis sorológicos renais. Além da análise urinária de rotina, deve ser feita cultura da urina em qualquer cão com cetoacidose diabética, já que as infecções do trato urinário são complicações bastante comuns nesta doença. O hemograma completo, sorologia do fígado e das enzimas pancreáticas, além da checagem dos níveis de colesterol e de triglicerídios, também devem ser obtidas. Radiografias do tórax e do abdômen e em condições ideais, uma ultra-sonografia abdominal, também deveria ser usada para investigar fatores anteriores ou relacionados, bem como outras anormalidades que poderiam requerer tratamento específico.

Prognóstico
O prognóstico para a cetoacidose diabética é reservado. Entre cinco e dez por cento das pessoas com cetoacidose diabética morrem da doença. As taxas de óbito para cães podem ficar entre trinta e quarenta por cento em certas circunstâncias.

Transmissão ou Causa
A cetoacidose diabética geralmente ocorre tanto em cães com diabetes existente mas não diagnosticada e deixada sem tratamento por longo tempo, ou em cães diabéticos já diagnosticados que estão sendo afetados por outro problema ou que estão tomando insulina em doses insuficientes.

Tratamento
Cães relativamente saudáveis com cetoacidose diabética podem ser tratados com injeções de insulina cristalina, potentes, mas de efeito rápido para ajudar a manter os níveis de glicose sob controle. Pode levar alguns dias para os níveis de glicose e corpos cetônicos na urina caírem, mas não é necessário tratamento intensivo, enquanto a condição do cão estiver estável.

O tratamento de cães diabéticos deve ser bastante intensivo. A reposição gradual dos déficits líquidos e a manutenção do equilíbrio normal dos fluidos são fundamentais para o tratamento da cetoacidose diabética. Muitos cães melhoram substancialmente após o tratamento com soro intravenoso. Também pode ser necessária a suplementação de fosfato, já que as concentrações sorológicas de fósforo podem cair para níveis perigosamente baixos durante o tratamento da cetoacidose diabética, levando a complicações graves, como a destruição dos glóbulos vermelhos que provoca anemia. O bicarbonato é usado para ajudar a corrigir os distúrbios ácido-básicos. A insulina também é vital para o tratamento da cetoacidose diabética. Em alguns casos, é necessária a rápida reposição de líquidos, enquanto os níveis de glicose precisam de ajustes graduais.

Até que se obtenham concentrações sorológicas de glicose mais seguras, a maior parte dos cães com cetoacidose diabética é tratada com insulina cristalina normal, a forma mais potente e de efeito mais rápido da insulina, que pode ser administrada por via endovenosa ou no músculo, de hora em hora. Se o cão não está conseguindo se alimentar sozinho, pode-se adicionar dextrose ao soro para evitar queda significativa do nível de glicose, após o início da administração de insulina.

Doenças simultâneas devem ser identificadas e tratadas especificamente, quando possível. A pancreatite é muito comum na cetoacidose diabética, mas não há tratamento específico para ela.

Infecções bacterianas precisam ser identificadas e tratadas rapidamente. Geralmente, usam-se antibióticos se a infecção bacteriana ainda não foi confirmada, devido aos problemas que as infecções podem causar em casos de cetoacidose diabética. A insuficiência renal aguda também pode acompanhar a cetoacidose diabética e deve ser tratada intensivamente com soro. Pode ser necessária medicação para estimular a produção de urina, se esta for insuficiente.

As complicações mais freqüentes que ocorrem durante o tratamento da cetoacidose diabética incluem o desenvolvimento de hipoglicemia, distúrbios do sistema nervoso central, anormalidades eletrolíticas e anemia. O melhor meio de evitar estes efeitos colaterais é ter como meta à correção gradual das diversas anormalidades associadas a cetoacidose diabética. Se a correção das concentrações de glicose e anormalidades eletrolíticas for excessivamente rápida, pode levar ao inchaço das células cerebrais e a distúrbios neurológicos. As concentrações eletrolíticas precisam ser monitoradas com muito cuidado durante o tratamento da cetoacidose diabética, já que muitas vezes são necessários ajustes freqüentes do tipo e do fluxo do soro e da quantidade da suplementação de potássio. Deve-se prestar muita atenção também à concentração sorológica de fósforo, já que muitas vezes é necessária a suplementação para evitar a queda acentuada das concentrações sorológicas de fósforo e a anemia resultante.

Uma vez que o cão esteja estável, comendo e bebendo sozinho, pode-se iniciar a administração de tipos de insulina de efeito prolongado. Além disto, as medidas de manutenção como soroterapia e medicamentos podem ser suspensas, desde que não haja outras complicações e o estado geral continue melhorando. Eventualmente, o animal será capaz de voltar para casa com um regime de insulina para uso doméstico, bem como outros tratamentos para doenças adicionais que se apresentem.
Prevenção
Não há método específico para a prevenção da cetoacidose diabética, mas o tratamento cuidadoso e o monitoramento dos cães diabéticos são essenciais. O reconhecimento dos sinais comuns de diabetes mellitus em cães - aumento da sede, da urinação, do apetite e perda de peso - também é importante para que se possa diagnosticar a diabetes simples e iniciar o tratamento apropriado, antes que se desenvolva a cetoacidose diabética. Deve-se evitar que o animal coma rações com muita gordura que podem provocar pancreatite e, posteriormente, cetoacidose diabética. Nos cães diabéticos, esteróides, como prednisona devem ser usados com muito cuidado, ou evitados, devido ao risco de rejeição à insulina e à associação freqüente da administração de esteróides com o desenvolvimento de cetoacidose diabética.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Ciclo Estral Cadela (Citologia Vaginal)

As cadelas, assim como fêmeas de canídeos e ursídeos, são monoéstricas não sazonais e ovulam espontaneamente. Possuem um ou dois ciclos ovulatórios por ano em intervalos de 6 a 12 meses. A maioria delas (ao redor de 40 a 50%) entra no cio nos meses de outono, ciclando depois na primavera, porém podemos ter cadelas no cio em todos os meses do ano. A média de intervalo é de 6 meses. A taxa de fertilidade em cadelas deve ser ao redor de 75 a 80%, sendo que sua gestação possui em média 60 dias e lactação em torno de 6 semanas.

Puberdade

Puberdade é a idade que a cadela irá apresentar seu primeiro cio. As cadelas atingem a puberdade quando estão em média com 7 a 8 meses de idade. Porém as raças de porte pequeno têm a sua puberdade mais cedo, em torno de 6 - 7 meses, em comparação com cadelas de raças de grande porte que iniciam seu ciclo reprodutivo ao redor de 9 a 12 meses de idade. Pode-se aguardar até 24 meses para que aconteça o aparecimento do primeiro cio. Os primeiros ciclos das cadelas podem ser em intervalos menores ou maiores, até que se estabeleça a normalidade.

Intervalo entre estros

Normalmente as cadelas possuem um intervalo de 6 a 7 meses entre cada ciclo. Porém para algumas raças, como Pastor Alemão, podemos considerar 5 meses como fisiologicamente normal, bem como para cadelas de certas raças específicas, como a raça Basenji, que ocorre a cada 12 meses. Em fêmeas que são cruzas de lobos x cães, o ciclo estral possui intervalo de 1 ano.

Estágios do ciclo estral

As cadelas possuem quatro fases distintas em seu ciclo estral que são: proestro, estro, diestro e anestro.

1) Proestro

Esta é a fase na qual a cadela inicia os sintomas e sinais de “cio” Nesta fase a cadela está respondendo a níveis altos de estrógeno. Ela vai responder a estes níveis apresentando edema de vulva e vagina, presença de secreção sero-sanguinolenta na vulva e vagina, atração aos machos, porém sem aceitação. O corrimento vaginal e vulvar é variável de fêmea para fêmea e nas que se higienizam muito pode passar despercebido. Esta fase pode durar de 3 dias a 3 semanas, portanto junto com o estro, determina quantos dias a cadela ficará no cio.

Perfil hormonal da progesterona sérica no proestro: 0,40 – 2,0 ng/ml.

Citologia vaginal: É caracterizada pela presença de neutrófilos, hemáceas, células parabasais, intermediárias, e superficiais. No final do proestro os neutrófilos tendem a desaparecer e aumentam o número de células intermediárias. As hemácias podem estar abundantes ou até mesmo ausentes.


2) Estro

Nesta fase, a cadela normalmente não apresenta mais sangramento e aceita a monta pelo macho. Nesta fase é que ocorrerá a ovulação. Este comportamento de aceitação e submissão ao macho é devido à diminuição do nível estrogênico e aumento do nível de progesterona. O início do estro se dá normalmente dentro de 1 a 2 dias antes do pico de LH, normalmente quando a progesterona está ao redor de 2,0 ng/ml. A duração desta fase poderá ser de 6 a 9 dias.

Perfil hormonal da progesterona sérica no estro: 2 a 20 ng/ml. Sempre observar ao mesmo tempo a citologia vaginal.

Citologia vaginal: 
No estro não existe presença de neutrófilos e as hemácias, se existiram, estão diminuídas em quantidade. Mais de 70% das células epiteliais são superficiais anucleadas e queratinizadas. Pode existir a presença de bactérias. 

Ovulação

A ovulação ocorre entre 40 a 50 horas após o pico de LH (em torno de 2 dias). Os oócitos liberados ainda estão imaturos, eles necessitam de mais uma meiose para estarem prontos para fertilização. Este processo demora em torno de mais 40 a 60 horas após a ovulação. A maturação do oócito ocorre no oviduto. Portanto o período ideal para se realizar a monta ou inseminação é ao redor de 5 a 6 dias após o surgimento do pico de LH. Pela citologia vaginal não se prediz o momento exato da ovulação, e sim que dentro daquele período ela poderá acontecer.

3) Diestro

O diestro é a fase luteal na cadela, com a presença de corpo(s) lúteo(s) no ovário que ovulou. Inicia-se pela não aceitação do macho após o estro. O que mantém o corpo lúteo nas cadelas no início é o LH e após a prolactina. O período de diestro corresponde ao período de 60 a 85 dias após o final do estro. Neste período algumas cadelas são susceptíveis ao aparecimento de piometra e pseudociese.

Perfil hormonal da progesterona sérica no diestro – acima de 20 ng/ml.

Citologia vaginal: Ocorre uma mudança grande em relação ao número de células epiteliais. O número de células superficiais decresce para 20% e as parabasais e intermediárias chegam em até 50% do total. Existem neutrófilos em grande quantidade. 

4) Anestro

É o período no qual ovário está aparentemente em quiescência, e se situa entre o diestro e o proestro. O anestro pode durar entre 2 a 10 meses, tendo em média 4 meses. Este período é o que determinada de quanto em quanto tempo a cadela irá entrar no cio.

Perfil hormonal da progesterona sérica no anestro - <0,1 ng/ml.

Citologia vaginal: Predominância de células parabasais e intermediárias, podendo ou não ter presença de leucócitos.

É muito importante ter conhecimento da fisiologia reprodutiva das cadelas para que possamos saber ao certo em que fase ela está, bem como o melhor momento que podemos cruzá-la ou inseminá-la. 

sábado, 11 de abril de 2015

Anticorpo Anti-Nuclear- ANA / Fator Anti Nuclear- FAN

Indicação: Os anticorpos antinucleares (ANA) são auto anticorpos contra componentes nucleares, incluindo DNA, RNA e histonas. Estes anticorpos podem ser detectados com um teste de ANA. Nesta técnica, uma imunoglobulina fluorescente marcada é usada para a detecção de imunoglobulina no soro do paciente contra componentes nucleares. Atualmente usamos células epiteliais humanas (Hep-2), como fonte de componentes nucleares. Amostra do animal, em diluições sequenciais (para obter um título de ANA) é incubado com células epiteliais humanas. Se existirem anticorpos contra componentes nucleares, estes irão ligar-se ao núcleo no fígado. Os anticorpos ligados podem então ser detectados utilizando um anticorpo secundário marcado com fluorescência contra a imunoglobulina específica da espécie. Os diferentes padrões de imunofluorescência podem ser vistos como homogêneo, pontilhado e nucleolar. No entanto, no cão, estes padrões não são específicos para um determinado anticorpo ou doença. O teste requer o uso de anticorpo espécie-específico fluorescente, que só temos para cão.
O teste de ANA é utilizada especificamente para o diagnóstico de lúpus eritematoso sistémico (LES). Um título de ANA positivo (> 1:80) com os sinais clínicos associados (por exemplo: doença de pele ou poliartrite) e achados laboratoriais (por exemplo; proteinúria, trombocitopenia) é diagnóstico de LES. Testes ANA são utilizados para apoiar um diagnóstico de LES, mas deve-se compreender que resultados positivos podem ser vistos numa variedade de outra condições, incluindo doenças infecciosas e doenças inflamatórias não-imune mediada. Algumas veterinários usam o título ANA para apoiar o diagnóstico de outras doenças imunomediadas. Por exemplo, os cães com anemias imunomediadas não regenerativas, muitas vezes têm altos títulos ANA
Diretrizes de interpretação para teste de anticorpos antinucleares canino:
O teste de ANA é sensível, mas não específico para LES.
Interpretação
Um resultado negativo sugere fortemente um diagnóstico negativo para LES, mas não exclui a possibilidade.
Titulação baixa < ou igual a 1:40 frequentemente não são específicos para o LES
Titulação alta > ou igual a 1:80, se acompanhado dos respectivos achados clínicos e laboratoriais, é indicativo de LES. Altos títulos ANA por si só não são diagnósticos para LES. Os títulos elevados podem ser vistos em alguns animais com doenças infecciosas ou inflamatórias (por exemplo: erliquiose e leishmaniose) e em alguns cães normais.
Limitações:
.Vários medicamentos podem induzir a uma condição lupóide e títulos de ANA elevados que, usualmente decrescem após a retirada do medicamento. Drogas que geralmente estão associadas com ANA positivo incluem: Hidralazina, Carbamazepina, Hidantoína, Procainamida, lsoniazida, Metildopa, AAS, entre outras;
.Este teste não é específico para LES, pois ele detecta vários anticorpos nucleares.
.Quando se utiliza a célula Hep-2 como substrato, títulos menores ou iguais a 1:80 usualmente tem pouco significado clínico, mas podem ser vistos em pacientes com LES e AR;
.Uso de corticóide ou outra terapia imunossupressora pode levar a resultados de ANA negativos. Nestes casos o exame deve ser repetido 3 meses após a retirada do medicamento;
Condições de coleta: Jejum de 4 horas.
Método: Reação de Imunofluorescência Indireta

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

FÍGADO - Avaliação Laboratorial para Prevenção de Doenças


O fígado é um órgão vital para o funcionamento do organismo e realiza inúmeras funções essenciais. Doenças hepáticas são muitos comuns em cães e gatos. Uma hepatopatia é caracterizada por qualquer distúrbio que acarrete em lesão de hepatócitos, colestase ou ambas e pode ser a causa ou não de uma insuficiência hepática. e pode ser a causa ou não de uma insuficiência hepática. A insuficiência hepática ocorre quando setenta a oitenta por cento da massa funcional hepática estiver. As causas destes distúrbios podem ser diversas, tais como intoxicações por agentes químicos ou drogas, doenças neoplásicas, metabólicas, isquêmicas e infecciosas. Dentre as doenças infecciosas temos o vírus da Hepatite Infecciosa canina; Leptospirose principalmente nas sorovares L. icterohaemorragiae e L.qrippotyphora, a Dirofilariose que pode causar necrose hepática devido à congestão e isquemia na síndrome da veia cava e a Toxoplasmose que também é causa de insuficiência hepática aguda. 

Por ser um órgão com uma função de “desintoxicação”, é muito vulnerável a sofrer injúrias. Outras alterações extra-hepáticas também podem causar alterações no fígado, como, doenças
cardiovasculares, gastrointestinais e metabólicas. Porém, por tratar-se de um órgão com alta capacidade de regeneração, só haverá sinais de insuficiência hepática caso as lesões atinjam
a maior parte do parênquima hepático. 
Quando há uma insuficiência hepática alguns sinais clínicos inespecíficos tendem a surgir, como vômito, diarréia, anorexia, perda de peso, poliúria, polidipsia, letargia, icterícia, opacidade
da córnea e ascite.
Várias análises laboratoriais podem auxiliar os médicos veterinários a diagnosticar uma lesão hepática, alguns exames são mais específicos e outros ajudam no momento de fazer alguns diagnósticos diferenciais.
A mensuração da enzima alanina aminotransferase ALT ou TGP é importante para avaliar o fígado, é classificada como a melhor enzima para detectar uma lesão hepática tanto em cães como em gatos, uma vez que são mais específicas nessas espécies. É uma enzima que está livre no citoplasma dos hepatócitos e de outros tecidos, sendo assim, um aumento em sua mensuração pode indicar ruptura/lesão celular, consequentemente, é liberada para a circulação.
A enzima aspartato aminotransferase AST ou TGO encontra-se livre no citoplasma dos hepatócitos, mas também tem grande presença em células dos músculos cardíaco e esquelético. Com isso, é uma enzima mais utilizada para diagnosticar doenças musculares, uma vez que não é uma enzima específica do fígado.
A fosfatase alcalina FA é uma enzima que é sintetizada em vários locais do organismo animal. É produzida no epitélio intestinal, renal, placenta, osteoblastos e no fígado. Assim, quando há aumento dessa enzima na circulação algumas hipóteses podem ser levantadas, como, por exemplo, colestase, aumento da atividade osteoblástica, doenças crônicas, utilização de algumas drogas como corticóides e anticonvulsivantes e neoplasias.
A gamaglutamiltransferase GGT também é uma enzima produzida em vários tecidos do organismo, principalmente em dois órgãos, nos rins e no pâncreas. Porém, quando há colestase ou uma lesão hepática aguda, a elevação dessa enzima na circulação pode ocorrer quase que imediatamente, uma vez que ela está presente na membrana das células que sofreram rupturas. Outro fato que pode levar a um aumento dessa enzima na circulação é a utilização de glicocorticóides. Os ácidos biliares são compostos citotóxicos que são secretados pelos hepatócitos e excretados através da bile. Geralmente, a concentração desses ácidos na circulação é baixa, mas qualquer alteração no fígado pode levar a um aumento dessa concentração, sendo detectado esse aumento antes mesmo que apareça uma icterícia, sendo um teste mais sensível que a dosagem de bilirrubina. Sendo assim, é um teste que serve para determinar se a icterícia é pré-hepática, podendo eliminar a lesão hepática como fonte da icterícia.
A ALBUMINA é a principal proteína presente no sangue dos animais e possui alto valor biológico. Em cães com hepatite crônica, que apresentem uma perda muito grande da função
hepática pode-se observar uma hipoalbuminemia no exame do animal.
A amônia é uma substância metabolizada no fígado transformando-a em uréia para poder ser eliminada pelos rins através da urina. É um composto nitrogenado originado da degradação das proteínas. Quando há aumento dessa substância na circulação do animal pode ser por alterações hepáticas agudas, avançadas ou devido a um desvio portosistêmico. 
A bilirrubina está presente no organismo por dois motivos, através do metabolismo da hemoglobina de hemácias velhas, que são fagocitadas por macrófagos, essa bilirrubina é classificada como não-conjugada; e através da degradação alimentar proveniente dos intestinos.