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terça-feira, 29 de julho de 2014

Diabetes

Uma das doenças que mais matam no mundo atualmente é o diabetes. Mas engana-se quem pensa que esta enfermidade é exclusiva dos seres humanos. Pequenos e grandes animais também são suscetíveis a esta doença. Entre os de estimação, a maior parte dos casos registrados dentro da medicina veterinária tem como vítimas cães e gatos

 O diabetes é um distúrbio complexo que resulta na incapacidade do pâncreas em produzir insulina. Em vários animais, como cãesgatos, isso também pode ocorrer. Essa anormalidade causa hiperglicemia, que é o aumento de açúcar no sangue e na urina.

“As causas que predispõem o surgimento do diabetes em cães e gatos são multifatoriais. Dentre as mais comuns observa-se o uso de anti-inflamatórios glicocorticoides, obesidade, sedentarismo, predisposição genética (raças como Poodle Miniatura, Rottweiler e Samoeida), pancreatite crônica recidivante, traumatismo no pâncreas, neoplasias e síndrome de Cushing (hiperadrenocorticismo). Os quatro sinais clínicos clássicos são poliúria (urina em grande quantidade), polidipsia (bebe muita água), polifagia (come demais) e perda de peso (emagrecimento)”, explica o médico-veterinário Saulo Tadeu Lemos Pinto Filho.
Assim como nas pessoas, o diabetes tem dois tipos comuns: o diabetes mellitus e o diabetes insipidus.

Diabetes Mellitus
O diabetes mellitus é o tipo mais comum em cães e gatos. Caso não seja diagnosticado a tempo de tratamento, pode ser fatal. Este é o tipo de diabetes caracterizado pelo excesso de glicose (açúcar) no sangue. O nível normal de glicose para cães e gatos é de até 110 mg/dl (miligramas de açúcar por decilitros de sangue). Quando a taxa é superior a esta, o animal é diagnosticado com diabetes.
Esta doença é caracterizada pela pouca produção do hormônio “insulina” pelo pâncreas, órgão que também é responsável pela produção de enzimas digestivas. Há vários fatores que a causam, incluindo predisposição genética, infecções, doenças, drogas, inflamação do pâncreas e do íleo nos cães.
Os primeiros sintomas que o animal apresenta quando tem diabetes costumam ser aumento do consumo de água, excesso de urina e grande apetite, sendo que o bicho, apesar de comer mais, começa a emagrecer. Se não tratada de forma correta, a doença pode apresentar complicações, como, por exemplo, problemas articulares. Porém, a principal delas é o surgimento de catarata (doença oftalmológica que consiste na opacidade total ou parcial do cristalino) nos dois olhos do animal, o que pode deixá-lo cego. Em muitos casos também se pode notar um hálito forte com odor de acetona, dificuldade respiratória, depressão e vômitos.
Na presença desses sintomas, o animal realiza o exame de sangue, urina e bioquímicos, onde é dosada sua glicose e verificadas as funções bioquímicas. O tratamento depende dos resultados. Nos casos mais graves é indicada – além do regime alimentar – a aplicação de insulina. Hoje já existem no mercado rações especiais para cães e gatos diabéticos.

Diabetes Insipidus
O diabetes insipidus está relacionado à água, que deixa de ser absorvida e faz com que o animal passe a urinar mais e também a ter mais sede, fazendo com que os sintomas sejam semelhantes aos do diabetes mellitus. O problema pode levar à deficiência de eletrólitos no organismo e também a alterações de pelo, sendo caracterizado como uma doença da hipófise (glândula que fica na base do cérebro e é responsável pela produção do hormônio antidiurético). O diabetes do tipo insipidus também pode ser genético ou adquirido, resultando de problemas no rim. O tratamento é feito com base em suplementação hormonal.
O tratamento do diabetes mellitus em cães e gatos consiste num processo terapêutico. No começo geralmente é necessário que o animal fique internado para que se dê início à regulação dos níveis de glicose. Posteriormente, o bichinho passa a se alimentar somente de ração especial diet e a receber injeções de insulina de duas a três vezes ao dia. Estas devem ser dadas sempre nos mesmos horários e em quantidades adequadas pelos proprietários, pois o excesso também pode gerar problemas, como, por exemplo, crises convulsivas.
Periodicamente, o paciente terá que passar por exames para que seja medida a taxa de açúcar.
No diabetes insipidus, o tratamento do diabetes insípido central é substitutivo, baseado em injeções de hormônio antidiurético. O diabetes insípido renal é mais problemático, pois é decorrente de um fator primário que está afetando os rins.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Urinálise

EXAME DE URINA: RÁPIDO, BARATO E MUITO IMPORTANTE!!!


Um simples exame de urina pode dizer muita coisa em relação a saúde de cães e gatos. Densidade urinária, ph, presença de açúcar, proteínas, pigmentos, bactérias, hemácias, leucócitos podem ser indícios de doenças ou início de alguma alteração sistêmica.O exame de urina é um exame simples, fácil de coletar, barato e que pode ser extremamente útil para avaliar a função renal (insuficiência renal, lesão tubular, neoplasia renal etc), alterações da bexiga e da uretra ( tumores de bexiga, infecções, inflamações etc) e mesmo de doenças sistêmicas (diabetes, hiperadreno, hepatopatia, doenças musculoesquelético entre outras).
Alterações no exame de urina podem já aparecer no início da doença e muitas vezes antes mesmo da sua instalação, como no caso da insuficiência renal, quando a densidade urinária baixa e presença de proteína na urina podem indicar o início da doença, ajudando a entrar com o tratamento preventivo, com manejo da dieta, controle da Pressão Arterial e mesmo uso de medicamentos.
Presença de cristais, podem predispor a formação de cálculos e o exame de urina com avaliação de cristais e PH podem sugerir a adoção de uma dieta que previna a formação dos cálculos (pedras nos rins e na bexiga).
Presença de hemácias, leucócitos, bactérias, células de descamação da própria bexiga, pode já dar diagnóstico de cistite ( inflamatória ou bacteriana) e tumores da bexiga.A presença de glicose, pode indicar a presença da Diabetes que será confirmada com o exame de sangue.
Esses são somente alguns dos “avisos” que o simples exame de urina pode dar ao Médico Veterinário no diagnóstico de algumas doenças e na prevenção de outras.

A coleta pode ser da micção espontânea (quando o animal vai urinar) coletando uma amostra de urina em um coletor limpo.
Outra forma de coletar urina é pela cistocentese (punção de uma agulha direto na bexiga repleta de urina) guiado pelo aparelho de ultra som. Essa coleta com a punção é muito mais significativa e livre de contaminações que poderiam acontecer quando a coleta é feita pela micção espontânea. Esse processo é relativamente indolor e muito seguro para a grande maioria dos animais.
No Diagnóstico, os exames de urina são realizados em nosso próprio laboratório e o resultado sai no mesmo dia.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Leucemia Felina



Leucemia felinaA leucemia felina (FeLV) se caracteriza por ser uma doença viral que se manifesta de várias maneiras e apresenta sintomas diferenciados. Apesar da denominação a leucemia nem sempre provoca tumores ou manifestações comuns o câncer.
            Geralmente, durante os primeiros estágios da doença os animais não apresentam sintomas. Após algum tempo a saúde dos animais é comprometida, e eles podem desenvolver doenças secundarias.
            Os principais sinais da FeLV são a perda de apetite, perda de peso progressiva, deterioração da aparência e da qualidade da pelagem, aumento dos gânglios linfáticos, febre persistente, infecção da pele e do trato respiratório superior, diarreia, mudanças de comportamento, letargia, aumento na ingestão de água, aumento na frequência da urina, mucosas pálidas, distúrbios reprodutivos, entre outros.
            Não existe tratamento para a FeVL, assim a melhor maneira de evitar a doença é a prevenção através da vacinação, identificando antes se o animal não é portador da doença por meio do testes de diagnósticos. Também é importante que evite o contado dos animais com gatos de rua.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

TVT Canino

Tumor Venéreo Transmissível em Cães

tumor venéreo transmissível (TVT), também denominado tumor de Sticker ou linfossarcoma de Sticker, é uma neoplasia maligna contagiosa que acomete especialmente a genitália externa dos cães. Todavia, pode atacar também, menos freqüentemente, cavidade oral, pavilhão auditivo, baço, rins, fígado, pulmões, globo ocular, região anal, pele, faringe, encéfalo e ovários; a ocorrência de metástase é rara. 

Esta neoplasia foi citada pela primeira vez em 1820 por Hüzzard e descrito em 1828 por Delabere-Blaine. No entanto, foi apenas em 1904 que Sticker descreveu detalhadamente o TVT.
O TVT ocorre igualmente em ambos os sexos, atacando preferencialmente animais jovens e que habitam regiões quentes.
O contágio normalmente ocorre durante o coito, mas pode ser transplantado por meio de arranhadura, lambedura ou pelo ato de cheira o animal infectado. Inicia-se como um nódulo sob a mucosa genital, rompendo-se progressivamente pela mucosa suprajacente.
Nas fêmeas, costuma acometer com maior freqüência a vagina (53%), vulva (33%) e região extra-genital (14%). A lesão inicial normalmente é observada na região dorsal da vagina, na junção com o vestíbulo, estendendo-se para o lúmen, podendo progredir pela vulva. No macho, o tumor é encontrado especialmente no prepúcio e pênis (56%) e em locais extra-genitais (14%).
Microscopicamente, são observadas células ovais ou arredondadas, com bordas citoplasmáticas delimitadas, núcleo grande, oval ou redondo e normalmente excêntrico, cromatina granular e nucléolos proeminentes; coram fracamente. Outra característica citopatológica é o alto índice mitótico, com presença de necrose multifocal, infiltração de linfócitos, lise de células neoplásicas, diminuição da quantidade dessas células e aparente deposição de colágeno.
A principal manifestação clínica é a presença do tumor ulcerado na genitália do animal (com aspecto de couve-flor), juntamente com a presença de secreção serosanguinolenta na vagina ou pênis, o que leva a uma lambedura constante dessa região.
Na pele, o TVT apresenta-se como nódulos isolados ou múltiplos. Essas ulcerações são de coloração esbranquiçada, acinzentadas ou rosadas e avermelhadas podendo estar associada à miíase e aos exsudatos purulentos.
Na região nasal, o tumor friável e sanguinolento pode resultar em dispnéia, respiração com a boca aberta, corrimento nasal, epistaxe, espirros e edema local. Depois de instalado na região nasal, pode alcançar a mucosa oral.
O diagnóstico é feito por meio dos achados clínicos, confirmado através de exames histopatológicos. As técnicas que podem ser utilizadas são o “imprint” (impressão sobre lâmina), citologia de aspiração por agulha fina e biópsia incisional.
O tratamento pode ser feito por meio da remoção cirúrgica do tumor, porém este método não é efetivo em todos os animais. A quimioterapia é o tratamento de eleição quando há tumores múltiplos ou metastáticos, além de também poder ser usada como tratamento de primeira linha para tumores locais isolados. Uma terapia comumente utilizada é a associação de fármacos quimioterápicos como vincristina, ciclofosfamida e metotrexano.
Fontes:
http://www.redevet.com.br/artigos/tvt1.htm
http://www.revista.inf.br/veterinaria11/revisao/edic-vi-n11-RL95.pdf
http://www.scielo.br/pdf/abmvz/v58n6/07.pdf
http://www.sovergs.com.br/conbravet2008/anais/cd/resumos/R0602-1.pd
http://www.eventosufrpe.com.br/jepex2009/cd/resumos/R0519-2.pdf