Pages

quinta-feira, 3 de julho de 2014

TVT Canino

Tumor Venéreo Transmissível em Cães

tumor venéreo transmissível (TVT), também denominado tumor de Sticker ou linfossarcoma de Sticker, é uma neoplasia maligna contagiosa que acomete especialmente a genitália externa dos cães. Todavia, pode atacar também, menos freqüentemente, cavidade oral, pavilhão auditivo, baço, rins, fígado, pulmões, globo ocular, região anal, pele, faringe, encéfalo e ovários; a ocorrência de metástase é rara. 

Esta neoplasia foi citada pela primeira vez em 1820 por Hüzzard e descrito em 1828 por Delabere-Blaine. No entanto, foi apenas em 1904 que Sticker descreveu detalhadamente o TVT.
O TVT ocorre igualmente em ambos os sexos, atacando preferencialmente animais jovens e que habitam regiões quentes.
O contágio normalmente ocorre durante o coito, mas pode ser transplantado por meio de arranhadura, lambedura ou pelo ato de cheira o animal infectado. Inicia-se como um nódulo sob a mucosa genital, rompendo-se progressivamente pela mucosa suprajacente.
Nas fêmeas, costuma acometer com maior freqüência a vagina (53%), vulva (33%) e região extra-genital (14%). A lesão inicial normalmente é observada na região dorsal da vagina, na junção com o vestíbulo, estendendo-se para o lúmen, podendo progredir pela vulva. No macho, o tumor é encontrado especialmente no prepúcio e pênis (56%) e em locais extra-genitais (14%).
Microscopicamente, são observadas células ovais ou arredondadas, com bordas citoplasmáticas delimitadas, núcleo grande, oval ou redondo e normalmente excêntrico, cromatina granular e nucléolos proeminentes; coram fracamente. Outra característica citopatológica é o alto índice mitótico, com presença de necrose multifocal, infiltração de linfócitos, lise de células neoplásicas, diminuição da quantidade dessas células e aparente deposição de colágeno.
A principal manifestação clínica é a presença do tumor ulcerado na genitália do animal (com aspecto de couve-flor), juntamente com a presença de secreção serosanguinolenta na vagina ou pênis, o que leva a uma lambedura constante dessa região.
Na pele, o TVT apresenta-se como nódulos isolados ou múltiplos. Essas ulcerações são de coloração esbranquiçada, acinzentadas ou rosadas e avermelhadas podendo estar associada à miíase e aos exsudatos purulentos.
Na região nasal, o tumor friável e sanguinolento pode resultar em dispnéia, respiração com a boca aberta, corrimento nasal, epistaxe, espirros e edema local. Depois de instalado na região nasal, pode alcançar a mucosa oral.
O diagnóstico é feito por meio dos achados clínicos, confirmado através de exames histopatológicos. As técnicas que podem ser utilizadas são o “imprint” (impressão sobre lâmina), citologia de aspiração por agulha fina e biópsia incisional.
O tratamento pode ser feito por meio da remoção cirúrgica do tumor, porém este método não é efetivo em todos os animais. A quimioterapia é o tratamento de eleição quando há tumores múltiplos ou metastáticos, além de também poder ser usada como tratamento de primeira linha para tumores locais isolados. Uma terapia comumente utilizada é a associação de fármacos quimioterápicos como vincristina, ciclofosfamida e metotrexano.
Fontes:
http://www.redevet.com.br/artigos/tvt1.htm
http://www.revista.inf.br/veterinaria11/revisao/edic-vi-n11-RL95.pdf
http://www.scielo.br/pdf/abmvz/v58n6/07.pdf
http://www.sovergs.com.br/conbravet2008/anais/cd/resumos/R0602-1.pd
http://www.eventosufrpe.com.br/jepex2009/cd/resumos/R0519-2.pdf

5 comentários:

  1. Tenho uma cadela que está com esse tumor venéreo eu gostaria de saber que remédio dar pra ela.

    ResponderExcluir
  2. Alguém já te respondeu,TB gostaria de saber

    ResponderExcluir
  3. Também queria saber tenho uma cachorra que tá no mesmo estado

    ResponderExcluir
  4. Eu também tenho uma cadela está mesmo problema,qual o remedio

    ResponderExcluir