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sábado, 25 de outubro de 2014

Diabetes Canina

Diabetes Mellitus

O que é a Diabetes Mellitus canina?

A Diabetes Mellitus é uma doença comum em animais séniores, mas pode também surgir em animais jovens e cadelas grávidas.
A Diabetes Mellitus é uma doença endócrina que ocorre quando o organismo não consegue utilizar corretamente a glicose. Após a refeição o alimento é digerido e todos os nutrientes são absorvidos pelo intestino. No caso da glicose, esta é transportada da corrente sanguínea para as células de todo o organismo, funcionando como a sua fonte de energia.
Para que a glicose seja transportada para as células é necessário insulina. A insulina é um hormônio produzido pelas células-beta do pâncreas que, após a sua síntese, é liberada para a corrente sanguínea de forma a cumprir a sua função.

A Diabetes mellitus no cão é do tipo I, ou congênita, embora também esta doença também possa acontecer de forma adquirida.
A Diabetes do tipo I resulta de uma insuficiente produção de insulina pelo pâncreas o que leva a uma acumulação da glicose no sangue e consequentemente a uma diminuição da chegada de energia às células. Este aumento dos níveis de glicose no sangue denomina-se de hiperglicemia, característica dos animais diabéticos. Nestas situações, como o organismo não consegue utilizar a glicose como fonte energética, vai utilizar a gordura e as proteínas musculares, o que irá provocar perda de peso. Por esta razão o animal está sempre com fome e come muito, pois as células têm falta de energia, mas, por outro lado, emagrecem, já que a sua alternativa é a metabolização da gordura e do músculo.

A diabetes canina é muito comum - entre 1 em cada 100 e 1 em cada 500 cães desenvolvem diabetes.
Qualquer cão pode desenvolver diabetes, mas alguns apresentam mais predisposição.



Quais são os sinais clínicos da Diabetes Mellitus? 

Conhecer os sinais da diabetes é o primeiro passo para proteger a saúde do seu cão. Se qualquer uma das frases abaixo descreve seu animal de estimação, fale com seu Médico Veterinário sobre a possibilidade de diabetes: 
  • Bebe mais água do que o normal (polidipsia)
  • Urina mais frequentemente, produz mais urina por dia (poliúria)
  • Apresenta sempre fome (polifagia), mas mantém ou perde peso
  • Tem olhos turvos (Cataratas)


Outros sinais de que deve estar atento são: infecções recorrentes ou crónicas (incluindo infecções cutâneas e urinárias). Recomenda-se que na presença de um destes sinais o animal seja examinado pelo Médico Veterinário. 

Como a Diabetes é diagnosticada? 

A Diabetes Mellitus é considerada pelo Médico Veterinário quando há a presença dos sinais clínicos referidos. São realizados testes laboratoriais sanguíneos e análise de urina de forma a fazer o diagnóstico diferencial com outras doenças características de animais idosos. Na presença de elevados níveis de glicose sanguínea em jejum e de glicose na urina de forma persistente confirma-se o diagnóstico. 

Qual é o tratamento? 

Se for diagnosticada diabetes ao seu cão, então agora é hora de aprender a cuidar do seu animal de estimação diabético. O objetivo do controle da diabetes é manter as concentrações de glicose em níveis que não sejam elevados, evitando subidas e descidas abruptas, e reduzir ou eliminar os sinais da diabetes, tais como sede e micção excessivas. Embora a diabetes não possa ser curada, a doença pode ser controlada com sucesso com injeções diárias de insulina e alterações na dieta. E um controle bem sucedido da diabetes significa que o seu cão pode levar uma vida feliz, saudável, ativo e com qualidade de vida. 

Quando a Diabetes Mellitus é diagnosticada o Médico Veterinário prescreve um tipo de insulina. Esta é administrada por via subcutânea com uma pequena agulha que, normalmente, é bem tolerada pelo animal. O proprietário deve aprender corretamente com o Médico Veterinário como preparar e administrar a insulina. Cada animal reage de forma diferente à insulina e por isso não existe uma dose nem um tipo de insulina igual para todos, esta deve ser adaptada ao animal. Pode até ser necessário que o seu cão fique na clínica veterinária por alguns dias para que o seu Médico Veterinário possa acompanhar de perto a resposta do seu cão ao tratamento. São necessárias monitorizações ao longo do tempo pelo Médico Veterinário de forma a manter os valores de glicemia controlados. No entanto, caso haja alguma alteração no animal este deve ser examinado pelo Médico Veterinário, pois pode ser necessário ajustar a dose de insulina.

A dieta desempenha um papel fundamental no controlo da Diabetes, pois ajuda a controlar a quantidade de glicose ingerida pelo animal. Existem rações formuladas no mercado para animais diabéticos. Idealmente a dose diária deve ser dividida em duas vezes, uma de manhã e outra a noite. A alimentação pode ser acompanhada pela administração de insulina, de acordo com a prescrição efetuada para o animal. Não devem ser adicionados extras à ração, pois estes apenas vão descontrolar os níveis de glicose no animal.

O exercício ajuda a manter os animais de estimação ativos, saudáveis e felizes. Mas para cães diabéticos, o exercício precisa ser regulado, porque a atividade física afeta as concentrações sanguíneas de glicose do seu cão. O melhor é criar uma rotina de exercícios consistentes para o seu cão diabético para evitar mudanças bruscas de requisitos de energia (glicose). Se estiver preocupado(a) com a quantidade de exercício que o seu cão diabético precisa, pergunte ao seu Médico Veterinário.
 

Cuidados especiais 

Um animal com Diabetes Mellitus requer tratamento para a vida. É fundamental cumprir rigorosamente a dieta indicada e administrar insulina conforme o prescrito pelo Médico Veterinário de forma a manter os níveis sanguíneos de glicose dentro dos valores normais. Cada animal é individual e reage de forma diferente, por isso por vezes, pode ser necessário ajustes na dose de insulina e por isso o animal deve ser acompanhado pelo Médico Veterinário regularmente para monitorizações. Alguma alteração nos sinais do animal deve ser imediatamente transmitida ao Médico Veterinário, pois podem surgir complicações, como é o caso da Cetoacidose Diabética. O cumprimento do tratamento prescrito e monitorizações ao longo do tempo é a chave para o controlo adequado dos níveis de glicemia evitando complicações e dando ao animal uma vida longa e com qualidade. 

A Importância do RDW (hemograma)


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Exame Parasitológico Direto (Leishmaniose Canina)


O exame direto é baseado na pesquisa da Leishmania sp. em aspirado de lesões cutâneas,  medula óssea, linfonodo, baço ou raspado das bordas das lesões. Neste exame é feita a pesquisa direta das formas amastigotas do parasita. Trata-se de um teste de alta especificidade, ou seja, uma vez visualizado o parasita não há dúvidas quanto à positividade da amostra. Todavia, o Exame Parasitológico Direto está sujeito a resultados falso-negativos, especialmente nos casos em que a parasitemia é muito baixa e/ou quando a coleta e o material coletado são inadequados. Conforme literatura, os esfregaços têm positividade de 50% a no máximo 80%, sendo um exame essencial no diagnóstico da leishmaniose tegumentar.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Parvovirose

também conhecida pelo nome de Enterite Canina Parvoviral, é altamente contagiosa e causada por um virús DNA que pertence à família Parvoviridae. É considerada uma zoonose, pois ataca tanto o homem como o cão, sendo que os sintomas nos humanos se manifestam sob a forma de infecção nas vias aéreas e nos olhos, porém sem gravidade. Já nos cães essa enfermidade geralmente é fatal, com uma taxa de mortalidade ao redor de 80%. Comumente, ataca mais animais jovens do que adultos, pois este último possui imunidade adquirida naturalmente. As formas de transmissão deste vírus são: via aerógena e através de objetos contaminados.


Sintomas

Os cães infectados que manifestam a doença, ficam doentes, geralmente, cerca de 7 a 10 dias após a infecção inicial. A doença se estabelece principalmente, no aparelho digestivo, sendo que os sintomas mais característicos são vômito e diarréia fétida e sanguinolenta. Outros sintomas que os cães podem apresentar são: anorexia, letargia e elevação de temperatura que pode chegar a 41°C. Alguns animais podem apresentar tosse, inchaço nos olhos ou conjuntivite.
Outra forma de manifestação da doença é a miocárdica, que pode levar à morte súbita do cão, devido a miocardite (inflamação do músculo do coração) gerada neste caso.

Diagnóstico

Como a parvovirose pode ser confundida com uma gama enorme de enfermidades, é necessário realizar exames laboratoriais, onde são detectados anticorpos anti-vírus no sangue. É importante ressaltar que um resultado negativo não significa a ausência da doença.

Tratamentos

O tratamento deve ser realizado por um Médico Veterinário, através da administração via parenteral e, até mesmo oral, de soluções isotônicas de sais minerais, glicose e vitaminas, auxiliando assim na recuperação do cão, prevenindo sua desidratação devido aos vômitos e diarreias. Mesmo não surtindo efeito algum sobre o vírus, é feito também o uso de antibióticos para prevenção e combate de infecções secundárias. O tratamento visa dar suporte aos animais, para que estes possam reagir, sendo que o animal que sobrevive a esta doença fica temporariamente imunizado.

Profilaxia

A prevenção da doença é feita basicamente pela administração de vacinas. São aplicadas, preferencialmente, em fêmeas antes da cobertura para que seja assegurada uma boa imunidade aos filhotes, pois são transmitidos anticorpos aos filhotes durante a gestação e, também, durante a amamentação, especialmente pelo colostro. Nos filhotes, a primeira vacina deve ser aplicada 15 dias após o desmame, (com cerca de 45 dias de vida). A revacinação anual é recomendada a todos os cães, independente da idade.
Fontes:
http://arcadenoe.sapo.pt/artigo/parvovirose_canina/128
http://www.artigonal.com/biologia-artigos/parvovirose-1201454.html
http://whippetp.no.sapo.pt/parvovirose.htm
http://www.center.vet.br/parvovirose.html
http://www.saudeanimal.com.br/artigo72.htm
http://m.veterinaria.zip.net/