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segunda-feira, 16 de junho de 2014

Insuficiência da válvula mitral

Doença da Válvula Mitral, Degeneração da Válvula Mitral, Insuficiência da Válvula Mitral

Animais afetados: Cães
Este problema raramente ocorre em gatos. A degeneração mixomatosa da válvula mitral ocorre normalmente em animais de porte pequeno e médio, adultos e idosos. Algumas raças sofrem maior incidência da doença tais como Cocker Spaniel, Chihuaua, Poodle Miniatura, Pinscher, Fox Terriers, Boston Terriers e Schnauzers Miniatura. Machos são 50% mais suscetíveis à doença do que fêmeas.
Visão geral
A insuficiência da válvula mitral é uma alteração cardíaca grave, causada por um funcionamento anormal da válvula mitral, que separa o compartimento superior esquerdo (átrio esquerdo) do compartimento inferior esquerdo (ventrículo esquerdo). Cães que sofrem de insuficiência da válvula mitral mostram dificuldades ao se exercitar, apresentando uma tosse que aumenta em freqüência à medida que a doença progride, que poderá chegar a um quadro de insuficiência cardíaca congestiva e edema pulmonar.

O coração é formado por quatro compartimentos, os átrios direito e esquerdo e os ventrículos direito e esquerdo. Os compartimentos superiores (átrios) estão separados dos compartimentos inferiores (ventrículos) por uma válvula tricúspide. A válvula localizada no lado esquerdo do coração é chamada de Válvula Mitral e a válvula localizada no lado direito se chama Válvula Tricúspide. Em um cão normal, essas válvulas se abrem, permitindo a passagem do sangue que vem do átrio, para dentro do ventrículo e se fecham completamente, quando o coração bombeia o sangue para fora do ventrículo, impedindo que haja um retorno sanguíneo para os átrios.

A insuficiência da válvula mitral é causada por uma formação de placas na própria válvula. A causa da formação das placas é desconhecida. A formação e acúmulo da placa sobre a válvula, leva a uma deformação das paredes da válvula, impedindo que ela se feche corretamente. Este não fechamento permite que ocorra um retorno sanguíneo do ventrículo para o átrio, o que também gera uma diminuição do volume sangüíneo que parte do coração. Quando a válvula não se fecha totalmente, o sangue que retorna para o átrio causa o som que chamamos de sopro.

Na tentativa de compensar essa deficiência, o coração se hipertrofia e dilata, aumentando o volume de sangue bombeado. Este sistema de compensação permite que o cão não apresente sintomas por algum tempo, mas ao mesmo tempo, agrava o processo que eventualmente pode levar a uma insuficiência cardíaca congestiva.

A insuficiências da válvula mitral ocorre com maior freqüência em animais de meia-idade e idosos e também mostra maior prevalência em raças de pequeno e médio porte. Alguns cães podem ser controlados com medicamentos por um período de tempo que varia de acordo com a gravidade do caso. Alguns cães chegam a viver alguns anos após a manifestação de sintomas de insuficiência da válvula mitral. 
Sinais Clínicos
Cães com insuficiência da válvula mitral tem diminuída a sua resistência a esforços e mostram uma tendência a tosse durante exercícios. A medida que esse problema cardíaco evolui para uma congestão pulmonar e edema, o ritmo respiratório e a aumentam de freqüência. A tosse geralmente que ora à noite, pela manhã e durante os exercícios. No exame físico podemos encontrar o pulso e o ritmo cardíaco alterados, dependendo do estágio da patologia, assim como a presença de sopro, que é o refluxo de sangue para o átrio. 
Sintomas
Ver sinais clínicos
Descrição
O coração é formado por quatro compartimentos, os átrios direito e esquerdo e os ventrículos direito e esquerdo. Os compartimentos superiores (átrios) estão separados dos compartimentos inferiores (ventrículos) por uma válvula tricúspide. A válvula localizada no lado esquerdo do coração é chamada de Válvula Mitral e a válvula localizada no lado direito se chama Válvula Tricúspide. Em um cão normal, essas válvulas se abrem, permitindo a passagem do sangue que vem do átrio, para dentro do ventrículo e se fecham completamente, quando o coração bombeia o sangue para fora do ventrículo, impedindo que haja um retorno sanguíneo para os átrios.

A insuficiência da válvula mitral é causada por um acúmulo de placas sobre a válvula. Essas placas fazem com que as paredes da válvula fiquem espessadas, encolhidas, distorcidas e incapazes de funcionar corretamente. Os músculos que controlam a válvula , ou as cordoáreas tendíneas, também poderão ficar espessados e enfraquecidos.

O refluxo constante do sangue através das válvulas danificadas, leva a uma dilatação secundária no átrio e ventrículo esquerdos, o que piora o quadro de mal-fechamento da válvula mitral , piorando o quadro clínico. O sangue que retorna ao átrio, geralmente se move em uma velocidade mais alta do que o sangue que está indo. Isso pode levar à formação de um tecido cicatricial ou fibrosamento no local onde ele colide com a parede do músculo. Uma falha valvular, permite com que o sangue retorne ao átrio, gerando os sons que chamamos de sopro cardíacos.

A dilatação do lado esquerdo do coração, faz com que o músculo cardíaco fique sobrecarregado, devido aumento de volume sanguíneo bombeado. Este excesso de trabalho faz com que o coração passe a bombear o sangue para o resto do corpo com menos eficiência . O corpo procura uma compensação, fazendo com que o coração bombeie um volume sanguíneo ainda maior, o que causará conseqüentemente, uma maior dilatação cardíaca. Na maioria dos cães, esses mecanismos compensatórios retardam o aparecimento de sintomas na fase inicial da doença.

Porém, a dilatação compensatória do átrio e do ventrículo agrava a doença, por diminuir o volume sanguíneo que o coração pode bombear com eficiência para o organismo. Quando os mecanismos compensatórios não conseguem mais com que o coração mantenha um fluxo sanguíneo adequado, o animal apresentará um quadro de insuficiência cardíaca congestiva e edema pulmonar . O edema pulmonar é um acúmulo de líquidos nos tecidos do pulmão que diminui muito a capacidade respiratória do animal. Nos últimos estágios da doença, o músculo cardíaco está com sua capacidade de contração muito diminuída, o que também diminui o volume sangüíneo bombeado para o organismo.

Apesar da insuficiência mitral ser um processo degenerativo lento, existem certos fatores que podem exacerbar os sintomas, tais como arritmias cardíacas, ruptura das cordoárias tendíneas, dietas ricas em sódio e lesões na musculatura do átrio. Qualquer fator que leve a uma sobrecarga cardíaca como anemia, exercícios, pressão alta ou problemas em outros órgãos também podem agravar o quadro clínico. Quando o animal apresenta um episódio de disfunção aguda, será necessário um tratamento de emergência.

As causas da insuficiência mitral não são ainda bem compreendidas, mas há suspeitas de predisposição genética a algumas raças de pequeno porte. A enfermidade geralmente afeta cães de meia-idade ou mais velhos. Apesar de não haver "cura" para a degeneração valvular, existem medicamentos que melhoram o funcionamento do coração e aliviam os sintomas de insuficiência cardíaca, permitindo uma melhor qualidade de vida e maior conforto para o cão. 
Diagnóstico
Os procedimentos diagnósticos mais comuns utilizados nos casos de insuficiência da válvula mitral são o hemograma completo, pesquisas bioquímicas e análise urinária. As radiografias do tórax são úteis para uma avaliação do tamanho e da forma do coração e da situação pulmonar. O eletrocardiograma pode sugerir um aumento no tamanho do coração e identificar qualquer arritmia que esteja presente. Para se ter uma melhor noção do funcionamento cardíaco e da gravidade do caso, o cão deve ser examinado por um cardiologista veterinário, que procederá com um ecocardiograma, que é uma ultrasonografia do coração. 
Prognóstico
O prognóstico de um cão com insuficiência na válvula mitral varia de reservado à ruim. Porém, alguns animais sobrevivem bastante tempo e com qualidade de vida, quando controlados corretamente com medicamentos. Um prognóstico de longo tempo dependerá da fase em que foi feito o diagnóstico e de como o animal responde aos medicamentos. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor será o prognóstico. Alguns cães podem viver por cinco anos ou mais após o aparecimento dos primeiros sintomas. Em uma crise aguda, o prognóstico dependerá do estado em que o animal se encontra e da velocidade com que o animal é atendido.
Transmissão ou Causa
A medida que o animal que envelhece, as suas válvulas cardíacas vão se espessando, deformando e endurecendo devido ao acúmulo de polissacarídeos ou carboidratos complexos. O funcionamento anormal das válvulas resulta em um refluxo sanguíneo através dessas válvulas "fechadas", aumento da pressão dentro do átrio cardíaco, diminuição do volume sangüíneo bombeado para fora do coração, ativação de mecanismos compensatórios e finalmente, insuficiência cardíaca congestiva. O conseqüente excesso de volume sanguíneo no coração, leva à dilatação dos ventrículos, o que diminui a eficiência do funcionamento ventricular. Todos esses problemas pioram o quadro e levam à mais disfunções cardíacas.
Tratamento
A cirurgia de colocação de prótese valvular em cães não é muito comum em cães. Conseqüentemente, os médicos veterinários geralmente prescrevem medicamentos que reduzem a sintomatologia e melhoram o funcionamento cardíaco. Mesmo em tratamentos de longo termo, os cães deverão ser examinados pelo veterinário periodicamente e sua medicação será adaptada de acordo com a necessidade. Uma desestabilização aguda pode levar a uma sintomatologia muito grave, que poderá ser revertida através de um atendimento rápido e eficiente.

A alimentação deve ser baseada em uma dieta de baixo sódio, que deverá ser totalmente restrito à medida que a doença for se agravando. O animal deve ficar sem fazer nenhum exercício até que os sintomas de insuficiência cardíaca sejam controlados. A partir daí, o cão só poderá fazer exercícios leves ou moderados.

Existem vários medicamentos disponíveis para o tratamento de problemas cardíacos. Normalmente, cães com insuficiência cardíaca congestiva secundária à insuficiência da válvula mitral, são tratados com vários medicamentos simultaneamente, com objetivo de melhorar o fluxo sanguíneo para fora do coração, diminuir o refluxo sanguíneo para dentro do átrio e controlar os mecanismos compensatórios. Esses medicamentos incluem diuréticos (Lasix) o que aumentam a formação de urina e conseqüentemente diminui o acesso de líquidos no organismo. O veterinário poderá também prescrever drogas que dilata os vasos sanguíneos, visando a uma diminuição da pressão arterial. Uma delas é o enalapril, que é um inibidor da angiotensina, assim como outras drogas dilatadoras de arteríolas e vênulas. Os medicamentos conhecidos como agentes inotrópicos positivos, tais como a digoxina também podem ser prescritos para aumentar a capacidade de contração do músculo cardíaco.

O médico veterinário responsável pelo caso irá determinar o momento adequado para se iniciar com a administração dos medicamentos, assim como, quais os medicamentos necessários para o paciente em questão. Como este é um problema progressivo, o proprietário deverá trazer o animal freqüentemente para novos exames, para que haja um controle e ajuste dos medicamentos conforme a progressão da doença. Um cão com insuficiência cardíaca congestiva necessitará de tratamento provavelmente para o resto da vida.

Animais que sofram um episódio agudo de insuficiência cardíaca congestiva e edema pulmonar, precisarão de uma terapia mais agressiva para que possam ser estabilizados. Em casos como este, o animal terá de ser isolado em um canil pequeno e não estar sujeito à stresse ou ansiedade. Os procedimentos diagnósticos deverão ser evitados até que o animal esteja estabilizado. Deve se administrar oxigênio para diminuir o esforço cardíaco e pulmonar. Em alguns casos haverá acúmulo de líquidos em volta dos pulmões de um cão com insuficiência cardíaca congestiva, o que diminui a capacidade de expansão pulmonar. Este líquido pode ser removida através de um procedimento chamado toracocentese. Devem ser administradas doses altas de drogas de ação rápida para melhorar o funcionamento cardíaco. 
Prevenção
Não existem medidas para prevenir a insuficiência da válvula mitral. O diagnóstico da doença em sua fase inicial e o tratamento apropriado, podem melhorar o prognóstico.

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